Na passada terça-feira, 12 de setembro, a Fundação Calouste Gulbenkian anunciou o projeto de reabilitação do Chalet Ficalho como o vencedor por unanimidade, do Prémio Maria Tereza e Vasco Vilalva para o património, no valor de 50 mil euros.
Este prémio já conta com a sua 15.ª edição e tem como objetivo, distinguir projetos de excelência na área da conservação, recuperação, valorização ou divulgação do património português, imóvel e móvel.
O júri justificou a decisão com “a importância patrimonial do edifício enquanto expoente de um estilo arquitetónico hoje destruído na maioria das zonas balneares do País, pelo caráter modelar do respeito pelas técnicas e materiais originais no projeto de recuperação e pelo equilíbrio exemplar entre a preservação do conjunto e a sua adequação à sua nova função como equipamento hoteleiro”.
O projeto distingue-se pelo “profundo respeito pela traça original, que implicou o recurso exemplar a técnicas e saberes artesanais tradicionais no trabalho das madeiras e da pedra”. Outro dos motivos foi o facto de o edifício estar num pequeno parque com espécies arbóreas exóticas — o pai da condessa de Ficalho foi um dos fundadores do Jardim Botânico de Lisboa — que foi recuperado com “grande preocupação de fidelidade ao projeto paisagístico inicial”.
A candidatura da recuperação do Chalet foi apresentada pelo Arquiteto Raúl Vieira (Gabinete de Arquitetura Astradi) e por Maria de Jesus da Câmara Chaves (dona da obra).
No âmbito do Prémio Gulbenkian Património ‒ Maria Tereza e Vasco Vilalva foram ainda atribuídas duas menções honrosas: uma ao Edifício das Águas Livres e outra às Casas Nobres de João Pereira e Sousa, ambos em Lisboa.
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